revista helisul

Mais de 30 anos de carinho e dedicação aos filhos de coração

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Considerada uma mãe dentro da companhia, Tide é a ‘senhorinha do café’ da base de Curitiba 

Ela não teve filhos, mas adotou uma Helisul inteira para tomar conta. O nome dela é Irotides Torquato. Para os íntimos, Tide, a ‘senhorinha do café’ da base de Curitiba da empresa, dentro do Aeroporto do Bacacheri. A colaboradora tem 66 anos e está na operadora há ‘31 e uns quebrados’, como ela mesma diz. “Já perdi as contas”, diverte-se. 

Tide nasceu em Rio das Antas, uma cidade do Oeste do Paraná, a quase 500 quilômetros da capital do estado. Foi lá onde viveu boa parte da vida com os pais e os dez irmãos, na fazenda do avô. Ela conta que não tinha moleza. Todo mundo colocava a mão na terra e trabalhava nas plantações de arroz, feijão e, veja só, café.

O tempo passou, a família teve breves períodos de moradia em Apucarana e Rosário do Ivaí, ambas ao Norte do Paraná. Já adulta, Tide veio parar em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, onde mora até hoje. O pai faleceu, alguns irmãos também, e outros estão espalhados por aí.

Na casa que já foi cheia de gente, hoje são apenas três mulheres. Tide divide o lar com a irmã caçula, com quem ela compartilha os cuidados com a mãe. Por ser a mais velha de todos os irmãos, Tide está envolvida com os cuidados de todos à sua volta desde a infância. 

Talvez por isso o espírito materno esteja tão presente. Não somente ela se sente nesta posição dentro da Helisul, como muitos dos próprios colaboradores a enxergam dessa forma. “É como se fosse minha casa. Como se fosse a casa e meus filhos. Eles até brigam comigo, ficam bravos”, diz aos risos. 

Os laços com a família Helisul se fortaleceram ainda mais por volta de 2007 até 2011, quando Tide passou por um período bastante delicado. Ela descobriu um câncer de mama e foi obrigada a mudar a rotina que tanto gosta. Mais doloroso do que o próprio tratamento, foi ter que se afastar do local de trabalho e dos companheiros do dia a dia por tanto tempo. 

Emocionada, ela conta que os seis meses de licença previstos pelos médicos viraram intermináveis três anos e nove meses. “Nossa, foi horrível”, relembra em meio às lágrimas. Mas, se a mãe não podia ir até os filhos, eles iam até a mãe, como recorda Tide. “Tinha contato com as pessoas do trabalho direto. Eles iam lá em casa. Quando retornei, tudo voltou a ser como era antes. Falaram que ainda não era pra voltar, mas eu não queria mais ficar em casa. E deu tudo certo.” 

Se dependesse de Tide, ela moraria dentro da Helisul. Mas convide a dona Tide para ir a um baile, para ver se ela não larga tudo na hora por um bom arrasta pé. É por isso, aliás, que nunca quis ‘se juntar’ a ninguém.   

“Nunca casei porque sou bailista. Namorado não gosta que vá pra baile e sempre gostei. Faz uns 40 anos que não tenho namorado, mas, um baile, se pintar eu vou. Baile de chope do União Bacacheri eu não perdia um”, revela. 

A música preferida é a caipira, como ela descreve. E, ao que parece, a família toda é bastante animada. “Meu cunhado faz jantares, aniversários, gosta muito de festa e lá vamos nós”, conta.   

Pau para toda obra

Quando entrou na Helisul, indicada por um vizinho, Tide fazia serviço de limpeza, mas sempre foi pau para toda obra. Desde ajudar a empurrar aeronave até segurar a porta para alguém prender o parafuso ou, ainda, atender ao telefone. “Toda vida fui eu que quis fazer, ninguém obrigava. Se for pra ajudar eu ajudo, mas não pisa no meu pé também”, brinca. 

E ela garante que não tem do que se queixar. “Aqui gosto de tudo, não posso reclamar de nada. Se reclamar de alguma coisa eu tô mentindo. Tem bastante gente, todos me tratam bem. Até se trabalhar de graça, não pago o que fizeram por mim”, diz. 

Tide trabalha das 7h às 17h. De casa até o serviço é rapidinho, são apenas dez minutos. Para quem não sabe, ela já é aposentada, mas longe de pensar em parar. “Pra quê vou ficar em casa, se me sinto bem aqui? São muito boa gente.”