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É Salvador, com S de segurança

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Com 30 anos de experiência, sendo 13 deles na Helisul, Salvador Coutinho comanda o setor de Segurança Operacional da empresa há uma década

Vá até a letra S de qualquer dicionário da língua portuguesa e procure pelo substantivo salvador. Segundo os variados autores, é aquele que salva, protege, ampara, entre tantas outras definições. Agora, corra um pouco mais as páginas até o substantivo segurança, e terá entre os significados estabilidade, firmeza, aquilo que está livre dos perigos.

Tudo isso para justificar por que Salvador Coutinho está no comando da Gerência de Segurança Operacional da Helisul há uma década, dos 13 anos de empresa. Salvador = Segurança. Segurança = Salvador. Entendeu? Mas é claro que não é nada disso. A competência vai muito além do que uma brincadeira com as palavras.

Salvador tem nada menos do que 30 anos de Força Aérea – hoje é da reserva. Ele começou novinho, aos 17 anos, quando prestou concurso público. Com a aprovação, o mineiro de Leopoldina, no interior de Minas Gerais, teve que deixar a cidade natal, os pais e os irmãos, para trabalhar e estudar em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.

Mas nada seria possível sem as raízes deixadas na “cidade do meu coração”, como Salvador chama a pequena Leopoldina. “Meus pais sempre deram duro na vida. Meu pai era dono de bar. Com 12 anos comecei a trabalhar com ele, das 11h30 até 16h, exceto no domingo”, conta.

Dodô, como foi apelidado, fazia de tudo um pouco no Bar do Zanata, como o falecido pai era conhecido, apesar de se chamar Jonatas. O menino era balconista, garçom, caixa, fazia de um tudo. Desde cedo, um funcionário dedicado e multifunção. Mas engana-se quem pensa que era amor ao ofício. Dodô não via a hora de chegar o fim de semana, para receber pelos honorários dos dias trabalhados e se divertir com a turma nas cidades vizinhas.

“O maior foco era chegar sábado e pegar uma graninha que meu pai dava, pra poder pegar o carro com um primo, juntar mais uns três colegas, botar gasolina, ir namorar um pouco. Sair, curtir o sábado à noite. Trabalhava a semana inteira pensando no sábado”, revela Salvador.

Para o mineiro, um período que deixou muita saudade e que serviu como um incentivo para buscar o futuro. “Agradeço muito a esse momento no interior de Minas, porque me deu uma vontade muito grande de correr atrás, por causa das dificuldades muito grandes que tivemos lá”, conta ele.

Carreira na aviação

A aviação surgiu na vida de Salvador quando, segundo ele, “apareceram em Minas Gerais falando da Força Aérea Brasileira”. Até então, com 16 anos, não vislumbrava nada. Passado um tempo, considerou que seria um caminho mais fácil para uma carreira profissional.

Enquanto estava na Força Aérea Brasileira, Salvador tentou estudar Odontologia e Direito, em dois momentos diferentes. Ele fez vestibular e passou, nas duas oportunidades, mas com as escalas, não conseguiu levar os cursos adiante. “Viajava muito, então não tinha tempo, as viagens não me deixavam frequentar as aulas.”

O primeiro emprego de Salvador após deixar a Força Aérea foi no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Ele atuava na área de manutenção e por lá ficou durante 12 anos. Em 2010, Salvador foi então convidado a trabalhar na Helisul, inicialmente como supervisor de qualidade.

Mas, como citamos anteriormente, Salvador não era somente um supervisor de qualidade. “Cheguei na empresa como supervisor da qualidade, vendo todos os requisitos da Anac, mas era da manutenção, operação, de forma geral. Até que, em 2013, chegou o convite para assumir a gerência de Segurança Operacional, que tem sob seu guarda-chuva a Segurança do Trabalho, AvSec (Security) e Meio Ambiente.

Meninas dos olhos

Nestes dez anos de dedicação ao setor de Segurança Operacional, Salvador viu muita evolução acontecer e o tamanho da responsabilidade de operar a “menina dos olhos” das autoridades aeronáuticas e da própria Helisul. Para ele, foi como um divisor de águas. Desde que chegou, o time aumentou de duas para quatro pessoas e se aperfeiçoou.

“Estamos conseguindo fazer uma Segurança robusta dentro da empresa, mais eficaz, com muitas evidências, principalmente sentindo que a segurança tomou um rumo totalmente diferente, para melhor, onde diretoria, superintendência, gestor responsável, dão todo apoio operacional e fazem a coisa acontecer de verdade”, afirma o gerente.

Ele lembra da importância que trouxe a certificação IS-BAO, tornando tudo mais seguro, e enaltece o esforço de todos os colaboradores, independentemente do departamento. Segundo Salvador, cada funcionário é um Segurança Operacional em potencial.

“A gente percebe a mudança de cultura dentro da empresa e as pessoas bastante envolvidas dentro do processo, haja vista a quantidade de relatos voluntários que recebemos, relatos pró-ativos verificando perigo antes que o risco venha a surtir efeito negativo dentro da empresa. Não tenho receio de uma auditoria externa, porque estamos cumprindo os requisitos, estamos preparados para que venha a qualquer momento”, diz Salvador.

Uma casinha em Leopoldina

Durante toda essa trajetória de muito trabalho e dedicação à vida profissional, Salvador tratou de dar valor também para a vida pessoal. Em 1985, se casou com Glaucia, mãe de suas duas filhas. “São meus orgulhos”, diz o pai. A primeira, Gabrielle, é proprietária de uma loja de acessórios chamada Lilac, no Rio de Janeiro. A segunda, Rafaelle, foi bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e hoje é primeira bailarina em Zurich, na Suíça – futura primeira bailarina de Berlin, na Alemanha.

Até cinco anos atrás, Salvador mantinha o hobby de saltar de parapente em Minas Gerais, na região do Morro do Cruzeiro. Segundo ele, só parou porque a atividade demanda muito desgaste e não é um esporte barato de manter. “E chegou minha netinha, então estou tentando dar atenção a ela e a meu neto.” Betina, de 5 anos, e Gabriel, de 2, são filhos de Gabrielle.

Mas, como Minas está sempre presente, Salvador ainda mantém o desejo de ter uma casinha em Leopoldina. Ela existe. Foi deixada de herança pela mãe, dona Irany, aos quatro filhos. “Minha mãe deixou uma casa em Minas e meu sonho é apanhar ela pra mim. A casa que vivi, que nasci.” Mas, antes que Dodô seja questionado, ele garante que a negociação da casa com os irmãos José Onofre, Jonathas e Rita de Cássia está totalmente sob controle.